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Cuiabá debate esporte e lazer indígena

Marcos Vergueiro

A previsão é que a capital receba 300 indígenas de diferentes regiões do país por esporte indigena

Naine Terena

DE CUIABÁ

Cuiabá sedia entre os dias 7 e 11 de abril o I FOPPELIN – Fórum Nacional de Políticas públicas de esporte e lazer para povos indígenas, evento que tem como objetivo debater esporte e lazer entre os povos indígenas do país.

Organizado pelo Ministério dos Esportes e pela Universidade Federal de Mato Grosso, o Fórum reunirá representantes indígenas de todas as regiões brasileiras.

A demanda do esporte e lazer indígena já é pauta debatida no Ministério dos Esportes através de Programas Sociais em comunidades indígenas, ao apoio aos Jogos Nacionais e a realização do I Jogos Mundiais, entre outras ações. A UFMT por sua vez, vem realizando trabalhos e pesquisas em diferentes cursos de graduação e pós-graduação, envolvendo indígenas nas atividades acadêmicas, sendo a pauta esportiva um dos temas que estão envolvendo a comunidade acadêmica. Mantém também um programa de inclusão de estudantes indígenas, o PROIND, que também é parceiro na organização do evento.

A iniciativa começou a ser pensada em 2013 e teve a sua primeira ação nos dias 30 e 31 de janeiro de 2015 em Brasília, com a realização do Encontro de Mediadores que em Brasília, que recebeu 37 indígenas divididos em lideres e intelectuais indígenas, convocados para debater o tema e receber as orientações para mobilizar e inscrever 190 indígenas das diversas etnias brasileiras, vindos dos 26 estados e do Distrito Federal para realização do Fórum para os dias 7 a 11 de abril em Cuiabá.

Programação:

O evento conta uma extensa programação que vai desde a formação de grupos de trabalho à atividades culturais. Os debates sobre as políticas públicas serão conduzidos através de 4 eixos temáticos: Esporte, Lazer, Cultura e Território; Esporte, lazer e Desenvolvimento Sustentável; Esporte, lazer, Saúde e Educação e Esporte de Alto Rendimento e Atletas Indígenas e reunirá os representantes escolhidos pelos mediadores indígenas. Essa programação não é aberta ao público e reunirá os participantes convidados por mediadores indígenas. A previsão é de que pelo menos 300 indígenas de todas as regiões do país estejam presentes em Cuiabá.

Durante os trabalhos serão tratados de temas como as práticas esportivas tradicionais como as que se inseriram na educação indígena no decorrer dos tempos e os impactos que estas levam para o contexto desses povos, tanto no ponto de vista positivo, quanto no ponto de vista negativo.

Outro assunto que deve ser abordado, é a formação de atletas indígenas, a exemplo de Dream Braga, do povo Kambeba (AM), que foi convocado para compor a equipe de Arquearia brasileira e treina para os Jogos Pan-Americanos de 2015 e Olimpíadas de 2016. A iniciativa inspira outros jovens, que mantém o domínio de práticas esportivas porém não encontram incentivo para o desenvolvimento dessas atividades de forma profissional.

Já a programação cultural acontecerá sempre no período noturno, e é aberta ao público. Participam das atividades os povos Umutina, Chiquitano e Bororo, que apresentarão danças e cantos tradicionais. Também acontece simultaneamente exposições de patrimônio imaterial e artes indígena. Além do Ministério dos Esportes, outros parceiros são as Secretarias de Estado de Cultural, esporte e lazer, Educação, Saúde e Superintendência indígena do estado de Mato Grosso.

A programação acontece no Hotel Fazenda Mato Grosso

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