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Lideranças da etnia Tapirapé participam de seminário do PPGE



Nove lideranças indígenas, da etnia Tapirapé (região de Confresa, distante 1000 km de Cuiabá), estiveram presentes no Seminário Educação e Povos Indígenas, organizados pelos professores do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (PPGE-UFMT), Beleni Salete Grando e Darci Secchi.


A professora Beleni destacou o pioneirismo dos professores da etnia em sensibilizar para uma política pública de Educação, na década de 1980. “Os Tapirapé formaram o primeiro professor e o primeiro diretor de escolas indígenas. Atualmente, estão em posições de coordenação e liderança em secretarias municipais e na Fundação Nacional do Índio (Funai). É a primeira vez que os indígenas vêm à UFMT, para partilha de experiências e saberes aos pós-graduandos”, apontou.


Um exemplo é o coordenador técnico local da região de Confresa II da entidade, Kaorewygi Reginaldo Tapirapé. “Os professores indígenas são protagonistas de seu próprio processo educacional. Aprendemos, em nossa visão de mundo e valores, que não há desigualdades, pois tudo é partilhado e pensado de forma coletiva. Todos somos natureza, vivemos em comunhão com ela. Nossa cidadania é baseada na afirmação e perpetuação de saberes milenares, geração em geração”, ressaltou o líder indígena, que atua há 15 anos na área de Educação.


Por sua vez, Secchi pontuou que esse é um momento propício para levantar esse debate. “Além do pioneirismo e protagonismo dos Tapirapé, quero destacar que Mato Grosso ocupa uma posição de vanguarda no desenvolvimento de políticas para a Educação Indígena. Somos o Estado mais avançado nesse sentido. No mestrado do PPGE, já se contabilizam pouco mais de 20 dissertações, tanto de autoria dos indígenas quanto os com temática indígena”, completou Secchi.

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