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300 índios protestam contra a PEC da demarcação na 3ª em Cuiabá - veja


Indígenas vão realizar manifestação, amanhã (7), nas mediações na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), entre a avenida Fernando Corrêa e a rua Alziro Zarur (conhecida como Rua 1). Intuito é chamar atenção para os problemas relacionados a esses povos como a PEC 215, que trata das demarcações de terras indígenas. São esperados 300 índios na passeata que ocorrerá a partir das 14h30, no ginásio da UFMT, onde será a concentração. Este será ato inaugural do I Fórum de Políticas Públicas de Esporte e Lazer para os Povos Indígenas (Foppelin).

A PEC 215 iria de encontro com os direitos indígenas, uma vez que retira do Executivo e transfere ao Congresso a competência de aprovar as demarcações de terras indígenas. A crítica é pelo fato de boa parte dos parlamentares serem ruralistas e possivelmente legislarem em causa própria. A Comissão que analisa a PEC é presidida pelo deputado federal Nilson Leitão (PSDB). A proposta ainda deve ser analisada em dois turnos pelo plenário da Câmara.

Para os povos e organizações indígenas, se aprovada, a PEC significará o fim de novas demarcações. Conforme a integrante da organização do Foppelin e estudante de ciências sociais da UFMT, Marta Tipuici, da etnia Manoki, a passeata é importante antes da decisão do Congresso Nacional em relação as demarcações. “Nesse mês, os povos indígenas têm mais visibilidade e teremos espaço para falar do nosso descontentamento contra a PEC 215”, relata.

No final da passeata acontecerão intervenções e falas, na frente do Restaurante Universitário (RU), na UFMT. “Nós precisamos dar visibilidade da presença de estudantes indígenas no Ensino Superior, e também, junto com as lideranças do Brasil inteiro mostrar que o número de indígenas nas universidades precisa ser ampliado”, salienta.

Foppelin

O I Fórum de Políticas Públicas de Esporte e Lazer para os Povos Indígenas (Foppelin) será aberto, amanhã (7), às 18 horas, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá. O objetivo é levantar a diversidade cultural indígena no Brasil e, a partir disso, ter um respaldo na realização de políticas, projetos e programas que atendam essas diferenças, principalmente, dentro do contexto de esportes e lazer. O evento vai até 11 de abril. (Com assessoria)

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